domingo, 21 de fevereiro de 2010

Jogador brasileiro do Partizan Belgrado convive com ameaças de morte na Sérvia

Ex-Atlético-PR, meia Cléo trocou o Estrela Vermelha pelo maior rival e agora enfrenta a hostilidade dos torcedores. Domingo, no 'Esporte Espetacular'

A rivalidade entre Estrela Vermelha e Partizan Belgrado, os dois maiores clubes do futebol sérvio, é uma das maiores do mundo. Tudo porque as duas torcidas organizadas carregam até hoje as heranças da Guerra doas Balcãs, que durou de 1991 a 1995. Muitos integrantes desses grupos estiveram em combate e, até mesmo, fizeram parte de grupos paramilitares durante o período de tensão entre Sérvia, Croácia e Bósnia. Resultado, a cada clássico são muitos os conflitos nos estádios e nas ruas de Belgrado, a capital do país.

Hoje, uma das vítimas desse cenário de violência é um brasileiro. Em 2009, o meio-campista Cléo, que já defendeu o Atlético-PR, tornou-se o primeiro jogador nos últimos 20 anos a trocar o Estrela Vermelha pelo Partizan Belgrado, e passou a ser freqüentemente perseguido.

- Já sofri algumas ameaças por telefone. Mas ameaças de morte eu só recebi pela internet. Colocaram o meu obituário, dizendo que eu tinha nascido em 1985 e morrido em 2009 – explicou.

O jogador deixou claro que prefere nem sair muito de casa, por causa da segurança da esposa Cleide e do filho Henrique, de apenas 3 anos.

- Nunca aconteceu nada, mas eu não quero expor a minha família. Então, a gente prefere ficar em casa e aproveitar os lugares como shoppings e com mais segurança – completou

O repórter Marcelo Courrege, o produtor Thiago Asmar e o repórter cinematográfico Antônio Gil estiveram em Belgrado para a história de Cléo e as barbáries cometidas pelas torcidas organizadas sérvias.

Globo.com

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