quinta-feira, 8 de julho de 2010

Acusado de sequestro, Bruno se entrega à polícia no Rio

O goleiro Bruno, do Flamengo, e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, se entregaram na tarde desta quarta-feira na Polinter do Andaraí (zona norte do Rio de Janeiro), menos de 12 horas depois de terem a prisão decretada pela Justiça a pedido do Ministério Público do Estado. Os dois e ainda o adolescente J., primo de Bruno, que prestou depoimento na terça na delegacia, foram indiciados pela polícia pelo sequestro da ex-amante do goleiro, Eliza Samudio, de 25 anos, desaparecida desde 4 de junho. O homicídio da jovem está sendo investigado pela polícia de Minas Gerais

Na terça, J. afirmou que Eliza foi sequestrada no Rio e morta em Contagem (MG), onde foi mantida encarcerada no sítio do goleiro. "O depoimento do menor é sólido. Bruno está indiciado como mandante do sequestro e os outros dois como executores. O grande beneficiado desse sequestro foi o Bruno", afirmou o titular da Divisão de Homicídios (DH) do Rio, delegado Felipe Ettore.

Durante todo o dia a polícia recebeu várias ligações do disque-denúncias que informavam que ele estava na casa de uma amante em Santa Cruz, na zona oeste. Uma equipe de agentes permaneceu na casa durante todo o dia e foi lá que soube, por meio de moradores da casa, que ele se entregaria na Polinter do Andaraí. A unidade de polícia é bem longe da Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca (zona oeste) que apura o sequestro de Eliza.

Com o semblante fechado, Bruno não esboçou sentimentos ao sair da delegacia. Macarrão estava aparentemente abatido e com olhar assustado. Com a notícia da prisão de Bruno, mais de 200 pessoas se aglomeraram em frente à delegacia e a polícia precisou fechar o prédio para que a população não invadisse. Eles gritavam "burro" e "assassino".

Menos de uma hora depois de se entregar, o goleiro e Macarrão foram levados para a DH, onde seriam ouvidos ainda na noite desta quarta. Segundo a polícia, ele poderia ser levado para Minas Gerais, onde o homicídio de Eliza é investigado, ainda na madrugada desta quinta. O goleiro estava acompanhado de seu advogado Michel Assef Filho, que não quis dar declarações à imprensa.

Os policiais que ouviram os relatos de J. sobre a morte de Eliza disseram que o teor do depoimento era de "embrulhar o estômago". Segundo o adolescente, Eliza recebeu as coronhadas no carro a caminho de Contagem (MG). Ao chegar em Minas, teria ficado em cárcere privado por quase uma semana, antes de ser morta por estrangulamento.

O menor disse que Bruno chegou ao sítio dois dias depois de Eliza, mas os agentes acham que essa parte do depoimento pode ser fantasiosa, pois Bruno teria chegado junto com o grupo, mas em outro carro. Daiane, a mulher do goleiro, já esperava por todos no sítio.

Agência Estado

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