quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Superclássico das Américas

Ronaldinho tem sido destaque por onde passa, seja pelo Flamengo ou pela Seleção. Mas, em Belém, a sensação tem sido Neymar - FOTO: AGÊNCIA ESTADO

Em Belém, Brasil pega a Argentina e deixa taça para segundo plano; o importante é vencer um ´cachorro grande´

Conquistar o título do Superclássico das Américas no confronto de hoje contra a Argentina, às 21h50, em Belém, não vai acrescentar muita coisa à história do futebol brasileiro. Há pelo menos um aspecto mais importante do que uma eventual volta olímpica da equipe no estádio Mangueirão: que a Seleção enfim consiga uma vitória contra um adversário tradicional, o que ainda não ocorreu com Mano Menezes no comando.

Até agora, houve cinco jogos com seleções rivais desde a saída de Dunga da equipe nacional e o retrospecto é muito ruim - três derrotas (para Argentina, França e Alemanha) e dois empates (com Holanda e Argentina, esta última há duas semanas, em Córdoba, na primeira partida do Superclássico).

A utilização restrita de jogadores em atividade no País não diminui a pressão sobre Mano Menezes nesta quarta, em um jogo que contará com a presença de 42 mil pessoas. Embora a cúpula da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reitere que ele vai ser o técnico da equipe no Mundial de 2014, a história do futebol prova que não existe remédio contra uma sequência de resultados ruins.

Responsabilidade

A vitória, portanto, valeria mais que o título. Mano Menezes sabe disso e seus atletas também. Principalmente Neymar, o grande xodó do público paraense nos últimos dias. Reverenciado por milhares de torcedores nos três dias de permanência em Belém, Neymar parece mais solto e dinâmico, em um indício de que pode ter, nesta quarta, uma grande atuação pela Seleção.

Mano Menezes conta com Neymar para quebrar o jejum e também levou outro trunfo para Belém: Ronaldinho Gaúcho, convocado pela boa fase no Flamengo e para desviar o foco dos mais jovens, notadamente de Neymar, Lucas e Paulo Henrique Ganso, fora da equipe por causa de contusão. Esses atletas que sintetizam a atual renovação do futebol nacional foram reprovados na Copa América, disputada em julho, na Argentina, e continuam em dívida.

Ronaldinho Gaúcho foi quem realmente chamou mais a atenção do público nos últimos jogos da Seleção. Teve até boas atuações. Mas, no Pará, acabou ofuscado pelo fã clube de Neymar. Mano Menezes já disse que conta com o craque do Flamengo como referência para a Copa do Mundo de 2014.

O torcedor brasileiro, no entanto, apostaria mais em Neymar. Foi o que se viu em Belém até a última terça, com manifestações entusiasmadas de crianças e adolescentes a favor do santista. Muitos deles nem viram o gol incrível de Ronaldinho Gaúcho no Mundial de 2002, em uma cobrança de falta de longa distância que enganou fotógrafos e o goleiro da Inglaterra, derrotada por 2 a 1.

DN

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