sexta-feira, 23 de julho de 2010

Fluminense endurece e não libera Muricy para a seleção brasileira

Muricy Ramalho comanda treino da equipe do Fluminense após receber convite para dirigir a seleção

Diretoria afirma que técnico tem contrato até o final de 2012; CBF terá de pagar multa rescisória

A diretoria do Fluminense endureceu o jogo e, após longa reunião com o representante de Muricy Ramalho, optou por não liberar o técnico para o comando da seleção brasileira, que lhe foi oferecido pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, na manhã desta sexta.

Em entrevista coletiva nesta tarde, o vice-presidente de futebol do clube, Alcides Antunes, e o representante da principal patrocinadora (Unimed), Celso Barros, disseram que Muricy Ramalho possui, além do contrato atual, que termina no final do ano, um contrato de "gaveta" válido até 2012, e que ele irá honrá-lo.

"Conversamos com o representante dele, o Marcio Rivellino, sobre a possibilidade dele assumir a seleção, mas eles entenderam que já estava apalavrado com a gente até 2012 e não abrimos mão deste acordo. Ele também é um homem de palavra, cumpridor de seus acordos", disse Celso Barros.

De acordo com Barros, Muricy deixou claro que está satisfeito no Fluminense, que assumiu a liderança do Campeonato Brasileiro após a vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, na quinta, no Maracanã. "O Muricy já declarou que está muito satisfeito aqui. Atendeu ao pedido de reunião com o presidente da CBF [Ricardo Teixeira], se mostrou disposto a aceitar e dirigir a seleção."

Já o vice-presidente de futebol, Alcides Antunes, deixou claro que a CBF não tem mais "livre acesso" aos clubes brasileiros. "Não é porque o presidente da CBF disse que o negocio já está certo. Existe um contrato e este será cumprido."

Agora, a CBF terá de pagar a multa rescisória para contar com o treinador. Ricardo Teixeira estaria disposto, mas quer novamente conversar com Muricy para saber se o técnico aceita sair do Fluminense de forma não amigável.

Estadão

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