Europeus garantem, assim, o décimo título em Copas, contra 9 da América do SulA Holanda volta a disputar uma final de Copa do Mundo depois de dois vice-campeonato seguidos, em 1974 e 1978. Como coincidência, nas três vezes em que foi à semifinal enfrentou dois sul-americanos pelo caminho. No primeiro ano, pegou Argentina e Brasil na segunda fase, e ganhou os dois jogos (4 x 0 e 2 x 0, respectivamente). Na segunda, empatou com o Peru na primeira fase (0 x 0) e perdeu para a Argentina na final, na prorrogação (3 x 1).
Agora, a seleção holandesa venceu o Brasil nas quartas (2 x 1) e na semifinal o Uruguai (3 x 2), indo para a sua terceira final, no terceiro continente diferente. O adversário pode ser outra velha conhecida, a tricampeã Alemanha, algoz da final de 1974 (2 x 1), caso os alemães passe pela Espanha na outra semifinal. Outra coincidência, agora desfeita, é que a Holanda sempre enfrentou o time da casa na final (os holandeses, aliás, jogam praticamente em casa, devido à colonização da África do Sul).
A vitória holandesa nesta terça também significa que finalmente uma seleção europeia irá ganhar uma Copa do Mundo fora da Europa, inclusive com a possibilidade de um novo campeão. Holandeses e espanhóis são estatisticamente os melhores times (mais de 20 vitórias em Copas) que nunca foram campeões.
Numa Copa que pintava como uma festa dos sul-americanos, invictos na primeira fase, com todos os cinco times nas oitavas, quatro equipes nas quartas, com chance de fazer uma semifinal toda do continente, os europeus mostraram poder de reação e garantiram, não só três vagas na semifinal, com os dois lugares na decisão de 2010 e, desta forma, superam a América do Sul em títulos (10 a 9).
Estadão
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