A atuação espetacular de Natália foi o combustível para o título do Osasco neste domingo, em São Paulo
Quando o Rio de Janeiro venceu o terceiro set e virou o jogo para 2 a 1, o roteiro dos últimos anos parecia fadado a se repetir. Não demorou, contudo, para o domingo ganhar um tom laranja no Ibirapuera. Empurrado pelos gritos da torcida e pela atuação fantástica de Natália, o Osasco reagiu, forçou o tie-break e conquistou o título da Superliga feminina 2010. A vitória por 3 a 2 (25/23, 18/25, 19/25, 25/13 e 15/12) interrompe a dinastia carioca, que já durava quatro anos, e garante a terceira taça da competição para a equipe paulista. Para um time que chegou a acabar, com a saída do patrocinador antes da temporada, foi um domingo de glória.
Maior pontuadora da final do ano passado, com 31 acertos, Natália voltou a brilhar. A oposta do Osasco fez chover no Ibirapuera. Com 29 pontos, salvou o time nos momentos mais delicados e incendiou a torcida a cada ataque certeiro. A expressão que misturava raiva e alegria passou a ficar mais forte a partir do terceiro set, quando Natália levou um cartão amarelo por reclamação e passou a jogar ainda mais mordida. Ao fim do jogo, o rosto só tinha lugar para os sorrisos.
A torcida do Osasco pintou de laranja o Ibirapuera
- Há quatro anos a gente está tentando e bate na trave. Mais do que nos outros anos, o time estava com muita vontade, jogando com o coração, e graças a Deus conseguimos - vibrou Natália, em entrevista ao SporTV após a partida.
Apesar da atuação espetacular da atacante, o prêmio de melhor jogadora da final ficou com Jaqueline, que deu um show na defesa e levou o título em seu primeiro ano de retorno ao Brasil. O técnico Luizomar de Moura, que já tinha sido campeão nacional pelo Flamengo, festejou a conquista com os pés no chão:
- É um sentimento muito especial por tudo o que passamos. As três derrotas tiveram sempre um gosto muito ruim. É um dia muito especial, mas agora é pé no chão e continuar trabalhando
Globo
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