domingo, 25 de dezembro de 2011

Em 2011, Brasil garantiu vaga nas Olimpíadas com as duas seleções

Após 16 anos, seleção masculina volta a disputar as Olimpíadas - Luiza Salles

Nova competição feminina e o bicampeonato do Brasília também marcaram a temporada

O ano foi de conquistas para o basquete brasileiro. As seleções feminina e masculina se classificaram para as Olimpíadas de Londres e a Liga de Basquete Feminino (LBF) teve a sua primeira edição. No Novo Basquete Brasil (NBB), prevaleceu o favoritismo do Brasília, que mais uma vez foi campeão.

NBB

Após ser campeão na temporada 2009/2010, o Brasília foi novamente à final do NBB em 2011. Na decisão, a equipe brasiliense superou o Franca, fechando a série decisiva por 3 a 1, conquistando o bicampeonato.

O destaque da partida, que deu o título de 2011 para a equipe do Planalto Central, foi Guilherme Giovanonni. O jogador, que também é um dos destaques da seleção brasileira, foi o cestinha do confronto, com 17 pontos, e foi eleito o MVP (jogador mais valioso) da temporada.

Na versão feminina, a LBF, quem ficou com o troféu foi a equipe de Santo André, que há 12 anos não conquistava nenhum título. Na final, a equipe paulista derrotou o time de Ourinhos por 65 a 49.

Seleção masculina

Após três fracassos seguidos e 16 anos sem disputar uma Olimpíada, a seleção masculina de basquete voltou a se classificar para a competição. O desafio, entregue nas mãos do técnico argentino Rubén Magnano, era conquistar a vaga para os Jogos Olímpicos de Londres, no Pré-Olímpico, em Mar del Plata, na Argentina.

Antes do Pré-Olímpico, porém, uma série de polêmicas atrapalhou a definição do time brasileiro para a competição. Isso porque os astros brasileiros da NBA, Nenê, Leandrinho e Anderson Varejão, não se apresentaram à seleção; o primeiro pediu dispensa alegando motivos particulares, e os outros dois por supostas contusões.

Mesmo sem jogar um basquete brilhante, o Brasil venceu as duas primeiras partidas do torneio, contra a Venezuela e o Canadá. O adversário seguinte era a forte equipe da República Dominicana, que acabou vencendo os brasileiros por 79 a 74. Com isso, a equipe de Rubén Magnano seguiu para o último confronto da primeira fase, contra Cuba, cheio de desconfiança. Apesar disso, a seleção jogou bem e venceu a partida.

Na segunda fase, a equipe verde-e-amarela não decepcionou. Derrotou o Uruguai, pelo largo placar de 93 a 66, o Panamá, e a anfitriã Argentina, que até então estava invicta no torneio. A vitória sobre os "hermanos" deu confiança ao Brasil, que também ganhou de Porto Rico, no último duelo da segunda fase.

A boa campanha levou a seleção brasileira às semifinais. O adversário da vez seria novamente a República Dominicana, única equipe que havia vencido o Brasil até o momento. O que estava em jogo, no entanto, era mais do que uma vaga na final do torneio, mas a classificação para os Jogos Olímpicos de 2012.

Foi em uma partida muito disputada que a seleção brasileira carimbou o passaporte para Londres. O Brasil venceu o confronto contra a República Dominicana por 83 a 76.

O Brasil ainda disputou a final da competição contra a Argentina e acabou derrotado por 80 a 75. No entanto, o objetivo traçado, de se classificar para as Olimpíadas, após 16 anos de jejum, já havia sido conquistado e o vice-campeonato do Pré-Oímpico não atrapalhou a festa.

No Pan

Credenciada pela conquista da vaga nas Olimpíadas, e pelas medalhas de ouro em Winnipeg-1999, Santo Domingo-2003 e Rio de Janeiro- 2007, a expectativa era de mais uma medalha para o basquete brasileiro no Pan.

No entanto, a grande dificuldade do Brasil em vencer o Uruguai na estreia começou a desconstruir a esperança da conquista. Na segunda partida, contra os Estados Unidos, o time chegou a abrir 16 pontos de vantagem, mas acabou levando a virada. Com má atuação durante toda a competição, a eliminação veio de forma precoce, em mais uma virada sofrida, dessa vez, contra a República Dominicana, que estava 13 pontos atrás no último quarto.

Seleção feminina

De novo treinador, após a troca do espanhol Carlos Colinas pelo brasileiro Ênio Vecchi, a seleção feminina de basquete teria como principal objetivo, em 2011, garantir a vaga nas Olimpíadas de Londres. Para conquistar esse objetivo, no entanto, seria necessário vencer o torneio Pré-Olímpico, disputado em Neiva, na Colômbia, já que, no feminino, apenas o campeão da competição garante a classificação às Olimpíadas.

O Brasil estreou na competição com o pé direito, massacrando a seleção paraguaia por 117 a 34. Na primeira fase, a seleção ainda venceu o Canadá, a Jamaica e o México, e assegurou a primeira posição no grupo B, garantindo uma vaga nas semifinais.

Na semi, a adversária foi a seleção cubana, que, em 2007, levou a melhor no duelo da última edição do torneio, também valendo vaga para os Jogos Olímpicos de Pequim. Foi com esse espírito que as brasileiras encararam a partida contra as cubanas. Mesmo encontrando mais dificuldades do que nos outros confrontos, o Brasil venceu o jogo e garantiu vaga na final, com grande atuação das veteranas Adrianinha e Érica. Na decisão, o Brasil não deu chance para as rivais argentinas e venceu por 74 a 33, garantindo a vaga em Londres.

Bronze no Pan

Com o status de campeã invicta do Pré-Olímpico da Colômbia, a seleção brasileira feminina chegou ao Pan como uma das favoritas à conquista do ouro. O Brasil dominou todos os adversários que teve pela frente na primeira fase, no entanto, dois quartos ruins na semifinal, que levaram à derrota contra Porto Rico, por 69 a 68, eliminaram as chances da conquista do ouro.

Na luta pelo terceiro lugar, a seleção venceu a Colômbia com facilidade, por 87 a 48, e garantiu a medalha de bronze para o país.

A demissão de Ênio Vecchi

Mesmo com a excelente campanha no Pré-Olímpico, a seleção feminina será comandada por outro treinador em 2012. A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) não renovou o contrato de Ênio Vecchi. Em nota, a entidade alegou que a decisão foi tomada "a partir de um realinhamento do projeto pensando na continuidade do trabalho de base realizado até agora e para 2016".

O escolhido para substituir foi Luiz Cláudio Tarallo, que terá a tarefa de comandar a equipe brasileira em Londres. O novo comandante, que estava no comando do Divino Salvador, de Jundiaí, conquistou o ouro nos Jogos Sul-Americanos de 2010, e as pratas nas Copa América Sub-18, de 2010, e Sub-20, de 2006.

Redação Esportiva

Nenhum comentário:

Postar um comentário