segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Para vencer "grandes", técnico vê necessidade de mudanças físicas na seleção de handebol

Técnico da equipe, espanhol Javier Cuesta vê força como maior deficiência em relação aos europeus

Em janeiro, a seleção brasileira masculina de handebol resolveu aprimorar os treinamentos na visando a temporada 2010 e viajou à Europa, onde participou de jogos em um período preparatório para o Sul-Americano de 2011, marcado para a Colômbia, entre 19 e 30 de março.

Em relação aos placares, a situação não foi boa para a equipe, que perdeu as seis partidas - 41 a 19 contra Espanha, 28 a 24 frente a Romênia e 25 a 21 para a Suíça no Torneio da Espanha; 34 a 22 para a Alemanha em jogo preparatório, 37 a 20 para a França e 32 a 18 novamente frente a Espanha em um torneio francês. Contudo, o técnico Javier Garcia Cuesta acredita que o time voltou ao Brasil com melhor do que quando deixou o país.

“Foi uma oportunidade que acho muito importante, já que assim pudemos jogar com equipes melhores que nós. Nesse caso foram times muito melhores, mas foi uma boa experiência para os jogadores e principalmente uma forma de avaliar como e o que podemos evoluir”, afirmou o técnico.

Entretanto, mesmo tendo agregado experiência importante para os jogadores, as partidas confirmam uma deficiência que a seleção está trabalhando para suprir: a desvantagem na parte física.

“Teremos que melhorar muito a parte física, de força e resistência para jogar em um ritmo muito mais rápido. Essa é a primeira coisa a melhorar, e depois vem o aprimoramento da qualidade técnica”, analisou o técnico.

“Não dá pra comparar nosso nível com o dos europeus porque a estatura jogadores e a força é bastante diferente, então pouco a pouco vamos produzindo equipes mais fortes e estamos em bom caminho para isso”, completou.

A preocupação do treinador tem fundamentos. Se for levada em consideração a diferença de altura entre as principais equipes que disputaram o último Mundial - os três primeiros colocados no torneio, França, Croácia e Polônia, respectivamente, o Brasil sai perdendo.

Apesar de ter a mesma média de altura que a França (1.90m), o time é menor que as duas outras seleções, já que a Croácia tem 1.93m e a Polônia, 1.91m.

Entretanto, a igualdade da média não condiz com a realidade da equipe, já que os franceses têm maior número de atletas mais altos que os brasileiros. Os campeões tinham 11 dos 16 inscritos com mais de 1.90m, enquanto o Brasil foi representado por apenas sete atletas com altura superior a essa. No caso, a média se iguala por algumas distinções: o armador brasileiro Babo, por exemplo, tem 2.06m.

A preocupação do treinador Javier Cuesta já se transformou em treinamentos durante esta semana. A equipe esteve em Maringá (PR) na qual se apegou às atividades físicas. “Os jogadores trabalharam muito bem nesta semana e alcançamos os nossos objetivos. Melhoramos a resistência aeróbia, a força e, ainda, treinamos com qualidade na parte técnica”, comentou.

Fonte: Uol

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